Chinês aventureiro de carro – Chen Yong中国汽车探险家陈勇
作者: 发布时间:2019-05-25 点击次数:0
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Quem é o chinês que conhece mais países do mundo? É difícil de responder . Mas qual é o carro chinês que viajou mais lugares do mundo? É o carro "Grande Muralha" e sua placaé Chuan Q.JD678.
“Olá, o meu nome é Chen Yong. Sou um chinês aventureiro de carro.”
Chen Yong sempre se apresentou como “aventureiro de carro”. Em chinês Yong significa “coragem” e ele seguiu seu nome a risca, viajou pelo mundo de carro.
O carro de Chen Yong é da marca chinesa, Grande Muralha. Seu preço: 100 mil yuans. Mas esse carro que não passa de 15 mil dólares americanos já completou 140 mil quilômetros sem grandes problemas mecânicos.
“Made in China, dá para viajar pelo mundo. Não tem problema!”
Ele tá confiante com seu carro e, claro, muito orgulhoso também. O carro é “fabricado pela China” e é como Chen Yong, 100% chinês. Ele nasceu em Yibin, uma cidade não muito grande, mas bem bonita, na província de Sichuan, noroeste do país. Ele vive desde que nasceu nessa cidade, com uma família feliz e um trabalho estável em uma fábrica de papel.
Deixar o emprego, ficar milhares de quilômetros distantes da família e dirigir um carro SOZINHO em países estrangeiros, muitas pessoas achavam que Chen Yong foi uma piada.
“Eles me perguntam: o que vai fazer quando ficar velho? Mas quando completei 40 anos, percebi de repente que, nossa, a vida é curta. Tenho que esperar até que estar velho demais para sonhar?”
Mas a mãe e a mulher de Chen estavam firmemente opostas.
“Que tal eu viajar junto com meu filho! Ele tem férias de verão de dois meses.”
No dia 18 de junho de 2014, após dias persuadindo sua família, Chen Yong finalmente ganhou a benção dos familiares e amigos e começou sua viagem pelo mundo junto com seu filho de 14 anos.
Desde então, sua viagem continua, ainda não terminou. O primeiro trecho da viagem, aquela que Chen fez com seu filho, durou dois meses. Eles partiram da terra natal, Yibin, e entraram na Rússia pelo Porto de Manzhouli.
Chen e seu filho fizeram um acampamento na beira do lago Baikal, passearam pelas zonas florestais na Letônia, caminharam nas ruelas na Lituânia e na Polônia e comeram linguiças na Alemanha. Em dois meses, eles visitaram onze países da Europa. Quando começou o novo semestre da escola, o filho de Chen voltou à China de avião e ele continuou com a sua aventura.
Em 2015, Chen Yong desembarcou na África. Ele atravessou sozinho o deserto do Saara, avançando ao longo do lado oeste do Continente africano até o ponto do extremo sul da África, chegando ao Cabo da Boa Esperança.
Para Chen Yong, tudo é diferente ao longo do caminho, as paisagens, as pessoas, o estilo de vida dos habitantes locais. Mas nos olhos dos estrangeiros, Chen Yong é uma grande curiosidade.
“Os locais têm grande interesse e sempre me perguntam: de onde você é? Para onde você vai? Que marca é seu carro? Eu respondi todas as perguntas: o meu carro é Great Wall! Made in China!”
Em 2012, durante uma viagem à Tailândia, junto com sua família, Chen descobriu que não havia nenhum carro de marca chinesa nas ruas de lá. Ele pensava que um dia, ele poderia dirigir um carro chinês para viajar por países estrangeiros.
“O meu carro é extremamente comum. Mesmo entre os carros produzidos pela China, ele é o mais regular, nada especial. O preço não passa 100 mil yuans. Sou uma pessoa comum também. Se eu consigo dirigir esse carro e viajar pelo mundo, muitas pessoas conseguirão também!”
Antes de partir, ele fez algumas transformações em seu carro.
“Mas nada grande. Só substitui o velho para-choque por um de ferro. Adicionei uma chapa no chassi para proteger o filtro de óleo, um rack de teto e mais um pneu estepe.”
A América foi o último trecho da sua viagem pelo mundo. Chen começou pelo Alaska, no norte, passando pela América Central, até chegar à América do Sul. Ele levou sete meses para completar a distância de 55 mil quilômetros.
“A partir da aldeia Dead Horse, nos EUA, eu comecei avançando para o sul, passando pelo Canadá, EUA, México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Como não havia estradas no Panamá que ligassem ao sul, enviei meu carro para Colômbia por via marítima. Depois, continuei avançando para o Equador, Peru, Bolívia, Chile e até Ushuaia, na Argentina.”
No dia 18 de fevereiro de 2019, ele chegou a Ushuaia, Argentina, ponto no extremo sul do continente americano.
“A distância daqui até Beijing é de 18,323 quilômetros”.
Deixando a Argentina, Chen Yong voltou a subir para o Brasil, 101º país da sua viagem. No Brasil, ele fez muitas coisas que nunca tinha experimentado. Como por exemplo, pescar piranha na floresta tropical da Amazônia.
“Estamos pescando piranhas, mas até agora... não temos nada. Ah...nossa primeira piranha. Muito pequena, mas... grandes dentes! Grande boca, dentes afiados.”
O guia está tentando alimentá-la com carne.
“Come, come! Agora sim!”
“Mas ele não pode engolir fora da água.”
“Aqui é a floresta tropical, Amazônia. Pescamos hoje quatro piranhas. Muito bem!”
Chen Yong não fala português, apenas um pouquinho de inglês. Mas ele conseguiu fazer amigos por onde passa.
“De onde você é?”
Chen está conversando com o vendedor de pinturas em uma rua de São Paulo.
E, às vezes, a conversa acontece com a ajuda de um aplicativo de tradução no celular.
No dia 20 de maio de 2019, Chen Yong chegou à sua terra natal após cinco anos viajando pelo mundo. O carro “Grande Muralha” lhe acompanhou em cada dia durante essa aventura de 149.102 quilômetros pelos cinco continentes do planeta.
“Há 100 estilos de vida para 100 pessoas diferentes. A questão é qual é o mais adequado para você. Se cada um vivesse uma vida diferente, o mundo seria maravilhoso.”
Eu não sou melhor nem pior, sou apenas diferente.
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